5 de fevereiro de 2013

29 de dezembro de 2012

8 de dezembro de 2012

Medicina Depressão
‎(Via Alexandre Alves)

Um diálogo com a GASTRITE:

(Eu) - Diga-me Gastrite, o que faz por aqui outra vez?
(Gastrite) - Bom, meu caro Alexandre Alves, vim dar-lhe o privilégio de minha presença!

(Eu) - De certa forma, já estou habituado e até conformado com a sua presença, mas acho um equívoco de sua parte, pensar que lhe tenho alguma afinidade!
(Gastrite) - Bom, você deveria ter pensado antes provocar a Helicobacter pylori e ficar jogando a culpa no café!

(Eu) - Sim, eu reconheço que por ignorância jogava a culpa no Café que é um dos principais fatores para doenças coronarianas, enfim, só a Helicobacter pylori que causa Gastrite?
(Gastrite) - Não! Além desta Bactéria Gram Negativa também existem outros fatores mais comuns: Determinados medicamentos, como analgésicos e anti-inflamatórios quando tomados por um longo período, beber muito álcool... Os menos comuns podem ser por exemplo: Distúrbios Auto-Imunes, Refluxo da Bile no Estômago, Abuso de Cocaína, Infecção por Vírus, Citomegalovírus, Vírus da herpes e pessoas com o Sistema Imunológico fraco, trauma ou uma doença grave e súbita, insuficiência renal ou ser colocado em um respirador podem causar gastrite.

(Eu) - Bom! Obrigado irei parar de jogar a culpa no Café, mas por favor, o máximo que você se manter ausente, eu agradeço!
(Gastrite) - Tudo bem, mas isso não depende somente de mim, mas sim de você! Cuide-se e bons estudos!

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26 de outubro de 2012


24/10/2012 - 08h20

Linha direta com médicos

Como era previsível, o tema de saúde transformou-se no grande assunto das eleições das grandes cidades brasileiras, especialmente em São Paulo. Como gosto sempre de mostrar soluções baratas, veja esse projeto, desenvolvido por um neurologista brasileiro, que garante orientação médica personalizada totalmente gratuita. Chama-se Medicinia (http://catracalivre.folha.uol.com.br/2012/10/plataforma-virtual-cria-linha-direta-entre-internautas-e-medicos-formados/).
O projeto é desenvolvido pelo médico Daniel Branco, com pós-doutorado em Harvard, apaixonado por soluções digitais para questões de saúde. É um portal em que pessoas enviam dúvidas e médicos, espalhados pelo Brasil, respondem.
Não serve como consulta, mas como orientação. É pouco. Mas para quem não tem a quem consultar - caso da maioria dos brasileiros - não deixa de ser uma ajuda, melhor do que ir no Google, com suas múltiplas respostas.
Uma sociedade civilizada se faz com todos se sentindo parte da solução. Especialmente quem tem dinheiro e estudo.
Gilberto Dimenstein
Gilberto Dimenstein ganhou os principais prêmios destinados a jornalistas e escritores. Integra uma incubadora de projetos de Harvard (Advanced Leadership Initiative). Desenvolve o Catraca Livre, eleito o melhor blog de cidadania em língua portuguesa pela Deutsche Welle. É morador da Vila Madalena.

A Medicina e a Compaixão


‘‘À vida do médico não se propõe recompensas, mas deveres.’’ Luiz Venere Décourt 
Por Dr. João Carlos Simões*
Medicina, derivada do latim ars medicina, significa a arte da cura.A Medicina é a grande paixão do dia-a-dia e será a eterna companheira do médico vocacional. Para se fazer Medicina é preciso ter curiosidade e compaixão. A curiosidade é inata no ser humano. A compaixão precisa ser ensinada ao estudante de medicina.

Rubem Alves escreveu que “afinal de contas, a primeira condição de um médico, anterior à sua competência técnicaé a sua compaixão.” Compaixão é sentir, de alguma forma, aquilo que o outro está sentindo. Retirada a compaixão, o médico não passa de um mecânico que manipula carros sem sentir nada porque carros nada sentem. Pergunto agora a vocês, médicos amigos, professores, modelos a serem imitados, responsáveis pela formação dos novos médicos: qual é o lugar, nos currículos de medicina, onde tanta coisa complicada se ensina, para uma meditação sobre a compaixão?
É na compaixão que a ética se inicia e não nos livros de ética médica. Ah! Dirão os responsáveis pelos currículos – compaixão não é coisa científica. Não entra na descrição de casos clínicos. Não pode ser comunicada em congressos. Portanto, não tem dignidade acadêmica. Certo. Mas acontece que não somos automóveis a serem consertados por mecânicos competentes. Somos seres humanos. Amamos a vida, queremos viver.  Sofremos de dores físicas e de dores de alma: o medo, a solidão, a impotência, a morte.” Ter compaixão precisa ser ensinado nas escolas médicas todos os dias.
Que força estranha é esta que nos faz pousar as mãos sobre o corpo enfermo e, pelo menos, amenizar o sofrimento?Que força tamanha é esta que nos impregna de cuidar dos doentes mesmo se esquecendo de nós mesmos e de nossa família? Onde se esconde esta vontade de estudar todos os dias?Cuidar e gostar de gente é a razão de ser da vida do estudante e do médico. É a sua grande motivação. Ensinar aos estudantes de medicina é a outra vocação do médico professor. Ser professor de medicina é continuar se transformando e aprendendo com os seus estudantes.
 Ensinar aos estudantes de medicina e aos residentes como se ensina aos filhos é hipocrático. Ensiná-los, como disse o professor Adib Jatene, que o médico precisa ser especialista em gente, compreender como as pessoas são diferentes e o quanto a sua atenção a elas é fundamental num tratamento.
*Dr. João Carlos Simões é editor científico da Revista do Médico Residente, professor titular do curso de Medicina da FEPAR e colabora com o Academia Médica.

Compaixão, EDUCAÇÃO MÉDICA, João Carlos Simões