Ta quente? Então não se esqueça de beber muita água. Água é vida!
8 de dezembro de 2012
Medicina Depressão
(Via Alexandre Alves)
Um diálogo com a GASTRITE:
(Eu) - Diga-me Gastrite, o que faz por aqui outra vez?
(Gastrite) - Bom, meu caro Alexandre Alves, vim dar-lhe o privilégio de minha presença!
(Eu) - De certa forma, já estou habituado e até conformado com a sua presença, mas acho um equívoco de sua parte, pensar que lhe tenho alguma afinidade!
(Gastrite) - Bom, você deveria ter pensado antes provocar a Helicobacter pylori e ficar jogando a culpa no café!
(Eu) - Sim, eu reconheço que por ignorância jogava a culpa no Café que é um dos principais fatores para doenças coronarianas, enfim, só a Helicobacter pylori que causa Gastrite?
(Gastrite) - Não! Além desta Bactéria Gram Negativa também existem outros fatores mais comuns: Determinados medicamentos, como analgésicos e anti-inflamatórios quando tomados por um longo período, beber muito álcool... Os menos comuns podem ser por exemplo: Distúrbios Auto-Imunes, Refluxo da Bile no Estômago, Abuso de Cocaína, Infecção por Vírus, Citomegalovírus, Vírus da herpes e pessoas com o Sistema Imunológico fraco, trauma ou uma doença grave e súbita, insuficiência renal ou ser colocado em um respirador podem causar gastrite.
(Eu) - Bom! Obrigado irei parar de jogar a culpa no Café, mas por favor, o máximo que você se manter ausente, eu agradeço!
(Gastrite) - Tudo bem, mas isso não depende somente de mim, mas sim de você! Cuide-se e bons estudos!
https://www.facebook.com/medicinadepressao?ref=ts&fref=ts
http://www.facebook.com/l.php?u=https%3A%2F%2Ftwitter.com%2F%23%21%2Fmeddadepressao&h=XAQG8VJYj&s=1
(Via Alexandre Alves)
Um diálogo com a GASTRITE:
(Eu) - Diga-me Gastrite, o que faz por aqui outra vez?
(Gastrite) - Bom, meu caro Alexandre Alves, vim dar-lhe o privilégio de minha presença!
(Eu) - De certa forma, já estou habituado e até conformado com a sua presença, mas acho um equívoco de sua parte, pensar que lhe tenho alguma afinidade!
(Gastrite) - Bom, você deveria ter pensado antes provocar a Helicobacter pylori e ficar jogando a culpa no café!
(Eu) - Sim, eu reconheço que por ignorância jogava a culpa no Café que é um dos principais fatores para doenças coronarianas, enfim, só a Helicobacter pylori que causa Gastrite?
(Gastrite) - Não! Além desta Bactéria Gram Negativa também existem outros fatores mais comuns: Determinados medicamentos, como analgésicos e anti-inflamatórios quando tomados por um longo período, beber muito álcool... Os menos comuns podem ser por exemplo: Distúrbios Auto-Imunes, Refluxo da Bile no Estômago, Abuso de Cocaína, Infecção por Vírus, Citomegalovírus, Vírus da herpes e pessoas com o Sistema Imunológico fraco, trauma ou uma doença grave e súbita, insuficiência renal ou ser colocado em um respirador podem causar gastrite.
(Eu) - Bom! Obrigado irei parar de jogar a culpa no Café, mas por favor, o máximo que você se manter ausente, eu agradeço!
(Gastrite) - Tudo bem, mas isso não depende somente de mim, mas sim de você! Cuide-se e bons estudos!
https://www.facebook.com/medicinadepressao?ref=ts&fref=ts
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26 de outubro de 2012
24/10/2012 - 08h20
Linha direta com médicos
Como era previsível, o tema de saúde transformou-se no grande assunto das eleições das grandes cidades brasileiras, especialmente em São Paulo. Como gosto sempre de mostrar soluções baratas, veja esse projeto, desenvolvido por um neurologista brasileiro, que garante orientação médica personalizada totalmente gratuita. Chama-se Medicinia (http://catracalivre.folha.uol.com.br/2012/10/plataforma-virtual-cria-linha-direta-entre-internautas-e-medicos-formados/).
O projeto é desenvolvido pelo médico Daniel Branco, com pós-doutorado em Harvard, apaixonado por soluções digitais para questões de saúde. É um portal em que pessoas enviam dúvidas e médicos, espalhados pelo Brasil, respondem.
Não serve como consulta, mas como orientação. É pouco. Mas para quem não tem a quem consultar - caso da maioria dos brasileiros - não deixa de ser uma ajuda, melhor do que ir no Google, com suas múltiplas respostas.
Uma sociedade civilizada se faz com todos se sentindo parte da solução. Especialmente quem tem dinheiro e estudo.

Gilberto Dimenstein ganhou os principais prêmios destinados a jornalistas e escritores. Integra uma incubadora de projetos de Harvard (Advanced Leadership Initiative). Desenvolve o Catraca Livre, eleito o melhor blog de cidadania em língua portuguesa pela Deutsche Welle. É morador da Vila Madalena.
A Medicina e a Compaixão
‘‘À vida do médico não se propõe recompensas, mas deveres.’’ - Luiz Venere Décourt
Por Dr. João Carlos Simões*

Medicina, derivada do latim ars medicina, significa a arte da cura.A Medicina é a grande paixão do dia-a-dia e será a eterna companheira do médico vocacional. Para se fazer Medicina é preciso ter curiosidade e compaixão. A curiosidade é inata no ser humano. A compaixão precisa ser ensinada ao estudante de medicina.
Rubem Alves escreveu que “afinal de contas, a primeira condição de um médico, anterior à sua competência técnica, é a sua compaixão.” Compaixão é sentir, de alguma forma, aquilo que o outro está sentindo. Retirada a compaixão, o médico não passa de um mecânico que manipula carros sem sentir nada porque carros nada sentem. Pergunto agora a vocês, médicos amigos, professores, modelos a serem imitados, responsáveis pela formação dos novos médicos: qual é o lugar, nos currículos de medicina, onde tanta coisa complicada se ensina, para uma meditação sobre a compaixão?
É na compaixão que a ética se inicia e não nos livros de ética médica. Ah! Dirão os responsáveis pelos currículos – compaixão não é coisa científica. Não entra na descrição de casos clínicos. Não pode ser comunicada em congressos. Portanto, não tem dignidade acadêmica. Certo. Mas acontece que não somos automóveis a serem consertados por mecânicos competentes. Somos seres humanos. Amamos a vida, queremos viver. Sofremos de dores físicas e de dores de alma: o medo, a solidão, a impotência, a morte.” Ter compaixão precisa ser ensinado nas escolas médicas todos os dias.
Que força estranha é esta que nos faz pousar as mãos sobre o corpo enfermo e, pelo menos, amenizar o sofrimento?Que força tamanha é esta que nos impregna de cuidar dos doentes mesmo se esquecendo de nós mesmos e de nossa família? Onde se esconde esta vontade de estudar todos os dias?Cuidar e gostar de gente é a razão de ser da vida do estudante e do médico. É a sua grande motivação. Ensinar aos estudantes de medicina é a outra vocação do médico professor. Ser professor de medicina é continuar se transformando e aprendendo com os seus estudantes.
Ensinar aos estudantes de medicina e aos residentes como se ensina aos filhos é hipocrático. Ensiná-los, como disse o professor Adib Jatene, que o médico precisa ser especialista em gente, compreender como as pessoas são diferentes e o quanto a sua atenção a elas é fundamental num tratamento.
*Dr. João Carlos Simões é editor científico da Revista do Médico Residente, professor titular do curso de Medicina da FEPAR e colabora com o Academia Médica.
25 de outubro de 2012
23 de outubro de 2012

De nada adianta ser médico se você não consegue passar uma simples mensagem para outros.
www.academiamedica.com.br
Doe mais amor ao seu coração, mais saúde..
“Mesmo que ainda não seja possível silenciar a mente, mas estando atento ao uso consciente da palavra, você já estará dando um passo realmente significativo para se alinhar com a verdade do seu coração, compreendendo que o seu coração é o coração do mundo. Cada vez mais nós precisamos nos alinhar com o silêncio.
A minha compaixão é transformada em palavras para te guiar; para te ajudar a se mover quando você está com dificuldade de entender o silêncio. Você vem aqui para receber o silêncio e o amor que flui de mim, pois é esse silêncio e esse amor que realizam o milagre que é você se lembrar de si mesmo. Eu venho aqui e sento em silêncio, com o coração aberto. Às vezes as palavras vêm, mas eu nunca sei o que vou dizer. As palavras servem para alguns, mas o silêncio e o amor servem para todos.”
Sri Prem Baba
10 de outubro de 2012
Medicina: das Sangrias à Ciência
Por Emerson Wolaniuk

O primeiro de todos os artigos publicados no New England, em 1812, foi um relato de Warren – um dos fundadores da Universidade de Harvard – a respeito de sua terapia para angina pectoris. O quadro clínico descrito é familiar a qualquer um de nós, mas a sua terapêutica aplicada era estranhamente bizarra. Começava com sangrias, ia até a aplicação tópica de éter no tórax, laxativos e agentes cáusticos na região do esterno que queimavam a pele.
Embora muitas práticas médicas ao longo do século XIX soem macabras para nós, é importante entender que essas técnicas de certa forma funcionavam, pois o conceito de eficácia terapêutica também era diferente naquela época. A teoria de que a saúde do homem era o perfeito equilíbrio dos quatro humores (sangue, fleuma, bile amarela e bile negra) era amplamente aceita por ambos: médicos e pacientes. A expectativa a respeito da terapia girava em torno de que seus efeitos deveriam ser tão fortes de acordo também com a força das reações colaterais que provocavam e isso equilibraria, então, os humores do corpo.
Essa medicina praticada por Warren é descrita hoje como medicina heróica, a que emprega intervenções dramáticas que levariam a um estado de equilibro humoral e saúde. Quando mais nociva a doença, mais pungente e heróica era a intervenção. Um tempo depois, a escola de Boston começou a mostrar-se um tanto quanto cética em relação à eficácia dessas técnicas, e uma nova corrente de pensamento foi tomando forma ao longo da primeira metade do século XIX. Talvez o principal endosso veio do outro lado do oceano, quando Pierre Louis resolveu comparar a evolução de pacientes tratados para pneumonia quanto à realização de sangria, no Charité Hospital de Paris, e verificou que a técnica não mostrava superioridade nenhuma. Foi o chamado “método numérico” de Pierre Louis. Dessa maneira, iniciou-se um período chamado de ceticismo terapêutico, em que se duvidava das técnicas consolidadas durante os anos e elas foram perdendo credibilidade. Começou-se a acreditar mais no poder do corpo de se regenerar sem que fossem necessárias intervenções. Nesse ínterim, a medicina sofria grande concorrência de outras profissões que visavam tratar da saúde das pessoas – homeopatas, hidropatas, naturopatas, excêntricos etc. Havia a necessidade de repensar as práticas médicas para que a ciência evoluísse e retomasse sua notoriedade. A máxima que retrata essa fase foi dita pelo Dr. Oliver Wendell em 1860:
“Se toda a matéria medica, como é usada hoje, fosse jogada no fundo do mar, seria o melhor para toda a humanidade. E o pior para todos os peixes.”
Porém, o drama envolvendo essa fase da história da medicina era que, embora o ceticismo terapêutico fosse a emergência de uma nova ciência, não poderia-se simplesmente deixar as práticas antigas de lado de uma hora para a outra. Mesmo que não se acreditasse que a sangria fosse uma alternativa eficaz para o tratamento de uma pneumonia, por exemplo, um médico não poderia simplesmente assistir a um doente definhar à sua frente sem fazer nada.
Na segunda metade do século XIX – com o advento da patologia, fisiologia e bacteriologia – começou a se

No centenário do New England Journal of Medicine, em 1912, os cirurgiões elaboraram as técnicas assépticas e a medicina cirúrgica começou a tomar a forma que conhecemos hoje. No mesmo ano, a medicina clínica avançou significativamente para a época com a descoberta da terapia com Salvasan para sífilis, vinda do laboratório de Paul Ehrlich, em Berlin. Era o início da quimioterapia antibiótica. O Salvasan marcou o início da terapia focada nas particularidades da doença, considerando o Treponema pallidum como a causa comum para os quadros de sífilis e deixando para trás a terapia elaborada de acordo com “idiossincrasias” de cada paciente.
O Salvasan também foi conceitual porque demonstrou posteriormente a falha da medicina reducionista. A sífilis não era apenas uma coleção de sintomas, mas sim um problema social, um estigma. Um autor da época – não citado no artigo consultado – inclusive questionou a ‘nova onda’ de se tratar doenças e não pessoas:
“Não deveriam os estudantes de medicina também serem ensinados a promover o alívio da dor, a confortar aqueles que sofrem e dar suporte àqueles que caminham no vale das sombras?”
Nessa época, progresso farmacêutico prosperava exponencialmente, entre 1940 e 1970, juntamente a outras revoluções na medicina como a psicoanálise e a cirurgia cardíaca. Mais de 4.500 drogas entraram no mercado nos EUA nos anos 50: antibióticos, antidiabéticos, anti-hipertensivos, antipsicóticos, antidepressivos, e drogas para baixar os níveis de colesterol. A cada dólar gasto em fármacos em 1961, 70 centavos eram em drogas que não existiam a dez anos atrás. Foi quando começou-se a questionar a influência da indústria farmacêutica quanto a eficácia das drogas oferecidas. Essa é a mesma época em que a talidomida foi utilizada como sedativo e antiemético e gerou suas primeiras vítimas em todo o mundo. Foi então que o senador Estes Kefaver, em parceria com a Foods and Drugs Administration formalmente criou as fases 1, 2 e 3 dos estudos clínicos demonstrando eficácia terapêutica.
Nessa mesma época, o Dr. Thomas McKeown publicou uma análise a respeito da descoberta da estreptomicina no combate à tuberculose e argumentou que na terapêutica moderna as drogas eram necessárias, mas não seriam suficientes ainda para mudar a saúde mundial. Essa melhora só seria atingida com saúde pública de qualidade, mudanças na nutrição e comportamento das populações, uma lição que deve ainda ser lembrada enquanto estamos buscamos eliminar a epidemia de malária, tuberculose e HIV no século XXI.
Hoje, a internet entra para a medicina trazendo múltiplos estudos clínicos randomizados em tempo real e a um clique; temos técnicas metodológicas bem estabelecidas e aplicáveis em busca do constante refinamento da nossa ciência. Aparelhos de diagnóstico por imagem, medicina nuclear, medicina baseada em evidências, terapias moleculares e técnicas cirúrgicas sofisticadas fazem parte da nossa realidade hoje. Porém, para o bem e para o progresso da nossa ciência, precisamos conhecer a história de nossa evolução enquanto profissionais ao longo dos séculos e entender que ainda temos muito a mudar e atuar para melhorar a saúde das pessoas de maneira efetiva. A sangria para angina pectoris deu lugar ao stent, mas sabemos que todo esse avanço ainda não previne que pessoas morram de doença coronariana. A medicina não pode ser vista como uma ciência reducionista e, até que isso seja realidade, há muito o que ser feito.
O Academia Médica estimula médicos e estudantes a fazerem a diferença, a inovar e a promover o avanço de que todos nós precisamos. Que tipo de Medicina construiremos para o próximo século?o
14 de agosto de 2012
"Prestem atenção a quem você compartilha sua energia íntima. A intimidade, a este nível, entrelaça sua energia com a energia da outra pessoa.
Essas conexões poderosas, independentemente de quão insignificante você acha que elas sejam, deix
am detritos espirituais, particularmente nas pessoas que não praticam qualquer tipo de limpeza física, emocional ou de outra forma...
Quanto mais você interagir intimamente com alguém, mais profunda será sua ligação e mais suas auras se entrelaçarão. Imagine a aura confusa de alguém que dorme com várias pessoas e absorve estas múltiplas energias?
O que elas podem não perceber é que há energias que conseguem repelir a energia positiva e atrair, assim, energia negativa em sua vida.
Eu sempre digo, nunca dormir com alguém que você não gostaria de ser."
( Lisa Patterson )

9 de abril de 2012
Hipotireoidismo / Hipertireoidismo
Marcello Bronstein é médico e professor de Endocrinologia da Faculdade de Medicina da Universidade São Paulo.
A glândula tireoide é importantíssima para o funcionamento harmônico do organismo. Ela se situa na parte inferior do pescoço, bem perto de onde começa o osso esterno, fica apoiada na traqueia e ao lado da artéria carótida.
A tireoide possui dois lobos, o esquerdo e o direito, que juntos assumem o formato de uma borboleta de asas abertas ou de um escudo. Na verdade, seu nome deriva da palavra grega thureós que significa escudo.
Os hormônios liberados pela tireoide são responsáveis por uma série de funções orgânicas. Eles garantem que coração, cérebro e muitos outros órgãos exerçam suas funções adequadamente. Superprodução dos hormônios tireoidianos provoca no organismo um distúrbio, o hipertireoidismo, e produção abaixo da quantidade necessária, o hipotireoidismo.
O hormônio da tireoide chama-se tireoxina e é fundamental para o metabolismo, ou seja, o conjunto de reações necessárias para assegurar todos os processos bioquímicos que ocorrem no nosso corpo.
Hoje, parece que há uma epidemia de problemas da tireoide, uma epidemia de hipotireoidismo e da incidência de nódulos na tireoide, que atinge especialmente as mulheres.
FALSA IDEIA DE EPIDEMIA
Drauzio – Existe realmente essa epidemia de problemas da tireóide atualmente?
Marcello Bronstein - Quando se fala em epidemia, dá-se a impressão de que, de repente, se tornou mais comum o aparecimento de problemas da tireoide. Isso não é necessariamente verdade. Acontece que os métodos de diagnóstico, quer laboratoriais, quer por imagem, estão cada vez mais aperfeiçoados e pequenas alterações que não eram detectadas no passado, agora são percebidas com clareza. Com isso, o número de pessoas com alterações mínimas e subclínicas da tireoide aumentou. Por outro lado, e eu diria que infelizmente, há um excesso de requisições de exames não necessários que levam ao diagnóstico de “problemas” que, na verdade, não são problemas. Eu diria, então, que não há propriamente uma epidemia. O que há é um aumento considerável de pedido de exames e uma tecnologia mais avançada que permitem a detecção de situações subclínicas.
Drauzio – Somos do tempo em que os médicos examinavam a tireoide com as mãos. Eles mandavam o paciente engolir, sentiam o tamanho da glândula e, às vezes, surpreendiam alguns nódulos que já tinham, no mínimo, um centímetro. Que alterações o ultrassom trouxe para o diagnóstico e em que isso mudou a prática médica?
Marcello Bronstein – Embora nódulos muito pequenos não sejam detectados pela apalpação, continuo sendo do tempo em que esse é o exame mais importante da tireoide. Temos que admitir que apenas 5% dos nódulos tireoidianos são palpáveis no exame clínico, número que cresce muito se o ultrassom for utilizado. Só para ter uma ideia da frequência com que ocorrem no sexo feminino, mulheres com mais de 40 anos têm cerca de 40% de probabilidade de apresentar nódulos na tireoide; acima dos 50 anos, esse número sobe para 50% e depois dos 70 anos, praticamente 90% delas têm nódulos na tireoide que podem estar localizados superficial ou profundamente. É claro que um nódulo superficial, mesmo que bem pequeno, pode ser palpado mais facilmente do que outro de dimensões maiores, mas mais profundo. Por isso, o exame com ultrassom fez com que o número de casos diagnosticados aumentasse muito. O dilema é o que fazer depois de detectado o nódulo, uma vez que ele vai ser encontrado em praticamente metade da população acima dos 40 anos.
Isso é uma epidemia? Não é. É uma situação que veio à tona desencadeada pelo avanço da tecnologia. Nódulos não palpáveis são detectados atualmente na tireóide, porque se pediu um ultrassom sem necessidade ou ele foi pedido com outro objetivo, por exemplo, o de avaliar a incidência ou não de aterosclerose nas carótidas, artérias que passam ao lado da tireoide.
A grande questão é se isso não representa um progresso no momento em que se prestigia a prevenção. Será que realmente a detecção precoce não traz a possibilidade de cura definitiva? Vou responder citando alguns números. Apenas de 15% a 20% dos nódulos de tireoide são malignos. Não é um índice desprezível, mas, quando se fala em câncer, faz muita diferença ser um câncer de pâncreas ou de tireoide. A agressividade do câncer de tireoide é, em geral, muito baixa, tanto que cerca de 5% da população que morreu de gripe, infarto, dengue ou atropelada, quando submetidos à autópsia, apresentam nódulos malignos assintomáticos na tireoide.
TUMORES DE TIREOIDE SÃO INDOLENTES
Drauzio - Um dos problemas que se enfrenta na clínica é atender pessoas que, por causa de um ultraSsom com nódulos, pediu-se uma biópsia. Esse exame realmente deve ser sempre indicado?
Marcello Bronstein – Na maioria das vezes, o câncer de tireoide, quando existe, é indolente. A grande indicação do ultrassom e, eventualmente da punção para biopsia, são os nódulos palpáveis porque são esses que em geral medem mais de um centímetro, os mais sujeitos a desenvolver câncer. A probabilidade diminui nos nódulos menores e mais ainda quando existem vários nódulos.
As estatísticas comprovam que nódulo isolado costuma apresentar risco maior, mas já existem recursos ultrassonográficos que permitem dizer, através das características ecogênicas que apresenta, se tem maior ou menor possibilidade de ser maligno.
No exame por ultrassom, o som emitido produz um reflexo que projeta um desenho do órgão que está sendo examinado. No caso específico da tireoide, dependendo do formato desse desenho, pode-se saber qual a probabilidade de determinado nódulo ser ou não maligno. Desse modo, muitas vezes é possível fechar o diagnóstico apenas com resultado do exame de ultrassom. A punção deve ser indicada quando o ultrasssom não foi suficiente para esclarecer o caso ou para as pessoas de maior risco, com história familiar de câncer de tireoide ou exposição à radioatividade.
De modo geral, só peço ultrassom quando apalpo o nódulo. Se a pessoa já fez o exame a pedido de outro profissional, analiso um conjunto de dados – sexo, idade, tamanho e aspecto do nódulo no ultrassom – e decido sobre a necessidade da punção para identificar se o nódulo é maligno ou benigno.
IMPORTÂNCIA DA DOSAGEM DO TSH
Drauzio – Há anos li um artigo que me convenceu da necessidade de incluir o pedido de dosagem do hormônio TSH na lista de exames de rotina que as pessoas devem fazer especialmente acima dos 40 anos e fiquei muito surpreso com a quantidade de pessoas absolutamente normais, sem sintoma algum da doença, que apresentam resultado compatível com hipotireoidismo ou hipertireoidismo. É mesmo importante pedir dosagem de TSH no sangue?
Marcello Bronstein – O TSH, sigla para Thyroid Stimulanting Hormone ou Hormônio Estimulador da Tireoide, é um hormônio fabricado pela hipófise, uma glândula que fica no meio do cérebro, bem pequenininha, mas que controla o funcionamento de várias outras glândulas como testículos, ovários, suprarrenais e a tireoide. Existe um sincronismo entre a produção de TSH e a tireoide semelhante ao funcionamento do termostato da geladeira, que liga e desliga automaticamente de acordo com a flutuação da temperatura interna do aparelho. Da mesma maneira, o TSH estimula a tireoide para produzir os hormônios T3 e T4 que, uma vez fabricados, inibem a produção de TSH.
Se a fabricação de hormônios pela tireoide for prejudicada por uma inflamação, por exemplo, haverá um aumento de TSH para tentar corrigir essa deficiência. Esse é o primeiro estágio de hipotireoidismo subclínico caracterizado pela manutenção do nível normal de hormônios da tireoide à custa da elevação do TSH.
Como você observou, a frequência dessa constatação é muito grande e ajuda a fortalecer a ideia de epidemia, uma vez que 3% dos homens, 7,5% das mulheres abaixo dos 45 anos, 10% delas acima dos 45 anos e 20% acima dos 75 anos manifestam esse tipo de problema. Como se pode notar, as doenças de tireoide incidem mais nas mulheres do que nos homens numa proporção de cinco, seis ou sete mulheres para cada homem.
Drauzio – Você recomenda que esse exame de TSH seja feito de rotina em pessoas acima de 40 anos?
Marcello Bronstein – Em todas as pessoas acima de 40 anos, principalmente porque no hipotireoidismo subclínico já aparecem alguns sintomas como cansaço, depressão leve e adinamia (falta de iniciativa). Quando a tireoide entra num processo de falência maior, a produção de TSH sobe, diminui a de hormônios tireoidianos e instala-se o hipotireoidismo clínico que apresenta quadros bem manifestos de depressão, pele seca e fria, prisão de ventre, falta de vontade de levantar e coração batendo mais lento. A pessoa fala devagar e sua voz engrossa, como se fosse um disco em baixa rotação. A presença desses sintomas, em geral, torna mais fácil o diagnóstico. O mais importante, porém, é que esse diagnóstico seja feito na fase subclínica.
SINTOMAS DO HIPOTIREOIDISMO E DO HIPERTIREOIDISMO
Drauzio – O perigo é que esses sintomas são sutis no início. A pessoa sente um pouco de cansaço, de indisposição, uma leve depressão e atribui tudo às vicissitudes da vida moderna. Como se trata de um processo gradativo, elas se acostumam com o que estão sentindo e não buscam ajuda.
Marcello Bronstein – Isso acontece mesmo, o que torna fundamental lembrar sempre da possibilidade de um distúrbio da tireoide. O hipotireoidismo clínico é bem menos frequente. Cerca de 1% dos casos atinge mulheres jovens; 2%, mulheres acima de 40 anos e 5%, as que têm mais de 60 anos de idade. Então, à medida que envelhecemos, a tireoide deve ser avaliada.
No entanto, é importante destacar a existência de um mito folclórico segundo o qual as pessoas obesas não conseguem emagrecer por causa de problemas na tireoide, porque isso não é verdade. O porcentual de hipotireoidismo subclínico é alto, mas ele não leva à obesidade. Embora o metabolismo fique mais lento, a pessoa come menos, pois sente menos fome. Seu peso aumenta, porque ela incha e forma o que chamamos de mixedema. Em vista disso, tratamento para combater a obesidade com hormônios de tireoide deve ser rigorosamente condenado.
Drauzio – Vamos ressaltar os principais sintomas do hipotireoidismo?
Marcello Bronstein – No hipotireodismo, diminui a produção de hormônios da tireoide e como eles são fundamentais para a ativação do metabolismo ocorre uma diminuição geral da atividade do organismo. Decrescem a atividade cerebral e a frequência do batimento cardíaco. A pessoa pensa mais lentamente, tem tendência à depressão e à sonolência. Há também maior deposição de líquidos no corpo, o que provoca o edema característico do mixedema. O aumento de peso deriva mais desse edema do que propriamente do acúmulo de gordura. A pele fica fria e seca e os reflexos, mais vagarosos. Além disso, verificam-se alterações menstruais e na potência e libido dos homens.
Drauzio – Nas fases mais avançadas, o hipotireoidismo pode ser uma doença grave?
Marcello Bronstein – Pode ser grave e fatal. No estágio final da doença, os pacientes tornam-se mixedematosos, entram em coma e o tratamento pode ser infrutífero.
Drauzio – O hipertireoidismo também pode ser detectado pelo exame do TSH?
Marcello Bronstein – Nos casos de hipertireoidismo, o TSH está suprimido porque o excesso de hormônios de tireoide inibe o funcionamento da hipófise. Os sintomas são opostos aos do hipotireodismo. Há uma hiperativação do organismo. A pessoa fica nervosa e irritadiça, dorme pouco, tem taquicardia, seu coração bate rápido. Como apresenta intolerância ao calor, numa sala em que todos estão com frio, ela transpira muito. Além disso, perde peso, principalmente à custa de proteínas e dos músculos. Essa é mais uma razão para não usar hormônio da tireoide quando se quer emagrecer, porque é maior a queima dos músculos do que a da gordura.
HORMÔNIO TIREOIDIANO NOS REGIMES PARA EMAGRECER
Drauzio – A quantidade de médicos que receita hormônio tireoidiano, especialmente as fórmulas aviadas em farmácia, nos regimes para emagrecer, é imensa.
Marcello Bronstein – Na verdade, a composição da fórmula emagrecedora fica a critério do médico. Infelizmente, a maior parte inclui o hormônio tireoidiano.
Drauzio – Quais são as consequências de tomar esse hormônio por tempo prolongado?
Marcello Bronstein – Se a quantidade for pequena, simplesmente estaremos trocando seis por meia dúzia, uma vez que, se inibirmos o funcionamento da hipófise, a tireoide para de funcionar e a pessoa substitui os hormônios que seu organismo produz por aqueles que está recebendo na pílula.
Quantidade acentuada de hormônios ingeridos pode desencadear o hipertireoidismo, ou seja, um excesso de funcionamento farmacológico da tireoide chamado de tirotoxicose.
É importante lembrar que pessoas predispostas acima de 60 anos correm risco maior de fibrilação, arritmia cardíaca e infarto, pois a aceleração do metabolismo aumenta a necessidade de oxigênio, sobrecarregando o coração.
Drauzio – Você recomenda que os médicos peçam de rotina a realização do exame TSH para pessoas acima de 40 anos, especialmente para as mulheres pela maior prevalência de hipotireoidismo. Com que frequência esse exame deve ser feito?
Marcello Bronstein – Isso vai depender muito de cada caso, mas como é recomendável checar colesterol, triglicérides, glicemia anualmente, eu diria que o exame de TSH deve ser pedido uma vez por ano, junto com os outros exames.
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DO TRATAMENTO
Drauzio – Vamos falar um pouco do tratamento. Se o valor de TSH estiver elevado, o que se deve fazer?
Marcello Bronstein – Se o resultado for elevado, temos de pedir necessariamente o exame do T4, o hormônio da tireoide. Se ele estiver normal, o diagnóstico é hipotireoidismo subclínico ou inicial. Antes, havia muita controvérsia a respeito de começar o tratamento nesse estágio da doença, porque não havia dados suficientes de que ela pudesse ser prejudicial. Hoje, não há dúvida, principalmente se o TSH estiver acima de 6, uma vez que o valor normal vai até 4. Resultado baixo no exame do hormônio T4 é característica de hipotireoidismo clínico ou manifesto e deve ser tratado da mesma forma que o subclínico, ou seja, com reposição de hormônios tireoidianos.
Minha experiência indica que para o hipotireoidismo subclínico, em geral, uma dose muito pequena de hormônio é o bastante. É um tratamento gratificante, porque o que a pessoa toma não é propriamente uma droga estranha ao organismo com possíveis efeitos colaterais. Ela toma exatamente o hormônio que a tireoide deixou de fabricar ou está fabricando em quantidade insuficiente. Portanto, não há reações indesejáveis e os resultados são excelentes se o hormônio for tomado de preferência em jejum e com regularidade.
Drauzio – Esse hormônio deve ser tomado pela vida toda?
Marcello Bronstein – Em geral, pela vida toda. O hipotireoidismo, uma vez instalado, é permanente. Entretanto, existem algumas formas de hipotireoidismo, principalmente as que se manifestam no pós-parto, que são transitórias. Trata-se, porém, de uma minoria que consegue recuperar a função da tireoide.
Drauzio – E no caso de se encontrar um TSH muito baixo?
Marcello Bronstein – Se o TSH estiver baixo e os hormônios da tireoide ainda estiverem nos limites normais, poderíamos caracterizar um hipertireoidismo subclínico. O tratamento vai depender da causa do distúrbio e deve ser efetuado principalmente na terceira idade pelo risco de arritmias cardíacas e/ou osteoporose. É óbvio que, se os hormônios da tireóide estiverem elevados, está caracterizado o hipertireoidismo clínico que obrigatoriamente deve ser tratado.
Drauzio – Que precauções devem ser tomadas se há casos de hipertireoidismo ou hipotireoidismo na família?
Marcello Bronstein – É preciso dar ênfase maior ao exame de TSH e mesmo antecipá-lo no caso de pessoas mais jovens. A causa mais comum do hipotireoidismo é chamada de Tireoidite de Hashimoto, nome do médico japonês que a identificou. Como o sufixo “ite” indica, trata-se de uma inflamação da tireóide que provoca a redução paulatina de seu tamanho até a glândula perder sua função. A Tireoidite de Hashimoto faz parte das doenças autoimunes ou de autoagressão, que têm a incidência aumentada em pessoas da mesma família.
CARÊNCIA DE IODO E CRESCIMENTO DO BÓCIO
Drauzio – No passado, era frequente encontrar nos hospitais-escola pessoas com bócio. Hoje, esses casos são mais raros. Por quê?
Marcello Bronstein – Uma das substâncias fundamentais para a produção do hormônio da tireoide é o iodo presente na alimentação. Assim, se a pessoa viver numa zona onde haja carência de iodo, a tireoide não vai fabricar o hormônio e a hipófise vai estimulá-la para que supra essa deficiência. Resultado: crescimento do bócio indicativo do aumento de volume da glândula.
Felizmente, com a obrigatoriedade da iodação do sal de cozinha, a ocorrência desses quadros de bócio endêmico diminuiu muito, mas ainda se verifica em regiões centrais quer do Brasil, quer da Europa. É interessante notar que tanto a falta quanto o excesso de iodo podem levar ao hipotireoidismo.
Drauzio – Como se pode consumir exageradamente iodo?
Marcello Bronstein – Em geral, não há razão nenhuma para se ter excesso de iodo na alimentação. Casos esporádicos, porém, não de consumo de iodo, mas de hormônio da tireoide podem desencadear esse processo. Um deles, a síndrome do hambúrguer, aconteceu nos Estados Unidos. Ela se caracterizou por uma concentração maior de iodo contida provavelmente em algum conservante empregado na fabricação desse alimento.
22 de março de 2012
Dia Mundial da Água
Desde os primórdios da humanidade sabemos que o homem sempre se estabeleceu em locais próximos aos rios e mares, para garantir seu sustento através da pesca e da agricultura.
A história do Egito faz uma excelente demonstração desse fato, quando os homens, às margens do rio Nilo, fizeram os primeiros aglomerados humanos e construíram as primeiras cidades do mundo. Ali já se registrava o quanto o homem era dependente da água.
Porém, com o passar dos anos, com a evolução da humanidade, a água passou a ser tratada com desrespeito, sendo poluída e desperdiçada.
Por esses motivos, a ONU (Organização das Nações Unidas) criou o Dia Mundial da Água, em 22 de março de 1992, para promover discussões acerca da consciência do homem em relação a tal bem natural.
Em 10 de dezembro de 2002, o senado brasileiro aprovou o dia nacional da água através do projeto de lei do deputado Sérgio Novais (PSB-CE). O texto destaca que esse deverá “oferecer à sociedade brasileira a oportunidade e o estímulo para o debate dos problemas e a busca de soluções relacionadas ao uso e à conservação dos recursos hídricos.”
A preocupação surgiu através dos grandes índices de poluição ambiental do planeta, envolvendo a qualidade da água que consumimos.
A ONU elaborou um documento com medidas cautelosas a favor desse bem natural, trazendo também informações para garantir a cultura de preservação ambiental e a consciência ecológica em relação à água.
Na Declaração Universal dos Direitos da Água, criada pela ONU, dentre as principais abordagens estão:
- Que devemos ser responsáveis com a economia de água, pois essa é condição essencial de vida;
- Que ela é um patrimônio mundial e que todos nós somos responsáveis pela sua conservação;
- Que a água potável deve ser utilizada com economia, pois os recursos de tratamento são ainda lentos e escassos;
- Que o equilíbrio do planeta depende da conservação dos rios, mares e oceanos, bem como dos ciclos naturais da água;
- Que devemos ser responsáveis com as gerações futuras;
- Que precisamos utilizá-la tendo consciência de que não devemos poluí-la ou envenená-la;
- Que o homem deve ser solidário, evitando o seu desperdício e lutando pelo seu equilíbrio na natureza.
Com esse documento, a Organização das Nações Unidas tornou obrigatório que todos as pessoas sejam responsáveis pela qualidade da água, bem como pela sua manutenção, tendo, assim, formas de garantir a melhoria de vida no planeta.
Jussara de Barros
Desde os primórdios da humanidade sabemos que o homem sempre se estabeleceu em locais próximos aos rios e mares, para garantir seu sustento através da pesca e da agricultura.
A história do Egito faz uma excelente demonstração desse fato, quando os homens, às margens do rio Nilo, fizeram os primeiros aglomerados humanos e construíram as primeiras cidades do mundo. Ali já se registrava o quanto o homem era dependente da água.
Porém, com o passar dos anos, com a evolução da humanidade, a água passou a ser tratada com desrespeito, sendo poluída e desperdiçada.
Por esses motivos, a ONU (Organização das Nações Unidas) criou o Dia Mundial da Água, em 22 de março de 1992, para promover discussões acerca da consciência do homem em relação a tal bem natural.
Em 10 de dezembro de 2002, o senado brasileiro aprovou o dia nacional da água através do projeto de lei do deputado Sérgio Novais (PSB-CE). O texto destaca que esse deverá “oferecer à sociedade brasileira a oportunidade e o estímulo para o debate dos problemas e a busca de soluções relacionadas ao uso e à conservação dos recursos hídricos.”
A preocupação surgiu através dos grandes índices de poluição ambiental do planeta, envolvendo a qualidade da água que consumimos.
A ONU elaborou um documento com medidas cautelosas a favor desse bem natural, trazendo também informações para garantir a cultura de preservação ambiental e a consciência ecológica em relação à água.

- Que devemos ser responsáveis com a economia de água, pois essa é condição essencial de vida;
- Que ela é um patrimônio mundial e que todos nós somos responsáveis pela sua conservação;
- Que a água potável deve ser utilizada com economia, pois os recursos de tratamento são ainda lentos e escassos;
- Que o equilíbrio do planeta depende da conservação dos rios, mares e oceanos, bem como dos ciclos naturais da água;
- Que devemos ser responsáveis com as gerações futuras;
- Que precisamos utilizá-la tendo consciência de que não devemos poluí-la ou envenená-la;
- Que o homem deve ser solidário, evitando o seu desperdício e lutando pelo seu equilíbrio na natureza.
Com esse documento, a Organização das Nações Unidas tornou obrigatório que todos as pessoas sejam responsáveis pela qualidade da água, bem como pela sua manutenção, tendo, assim, formas de garantir a melhoria de vida no planeta.
Jussara de Barros
21 de março de 2012
O pensamento tem poder infinito.
Ele mexe com o destino, acompanha a sua vontade.
Ao esperar o melhor, você cria uma expectativa positiva que detona o processo de vitória.
Ser otimista é ser perseverante, é ter uma fé inabalável e uma certeza sem limites de que tudo vai dar certo.
Ao nascer o sentimento de entusiasmo, o universo aplaude tal iniciativa e conspira a seu favor, colocando-o a serviço da humanidade.
Você é quem escreve a história de sua vida - ao optar pelas atitudes construtivas - você cresce como ser humano e filho dileto de DEUS.
Positivo atrai positivo.
Alegria chama alegria.
Ao exalar esse estado otimista, nossa consciência desperta energias vitais que vão trbalhar na direção de suas metas.
Seja incansavelmente otimista. Faz bem para o corpo, para a mente e para a alma.
É humano e natural viver aflições, só não é inteligente conviver com elas por muito tempo.
Seja mais paciente consigo mesmo, saiba entender suas limitações.
Sem esforço não existe vitória.
Ao escolher com sabedoria viver sua vida com otimismo, seu coração sorri, seus olhos brilham e a humanidade agradece por você existir.
Pablo Neruda


Fotos do muralDia 21 de março é o Dia Internacional da Síndrome de Down, ajude-nos a divulgaro amor que temos por essas pessoas tão especiais que fazem parte da nossa vida e que merecem nosso respeito e principalmente nosso RECONHECIMENTO. Compartilhando você já estará contribuindo para a inclusão e eliminando o PRÉ CONCEITO.
17 de março de 2012
Menstruação: Um assunto polêmico
Por Malcolm Montgomery
A menstruação é, de fato, um assunto bastante polêmico. Você sabia que menstruar é um fenômeno da mulher moderna? É! As nossas tataravós menstruavam muito pouco ou não menstruavam.
Que tal fazer uma conta juntos? Há 200 anos, a primeira menstruação da mulher acontecia entre 15 e 17 anos e acabava entre 42 e 45 anos. São mais ou menos 25 anos de ciclo.
A mulher de hoje, por sua vez, inicia a menstruação entre 10 e 2 anos e para entre 48 e 52 anos. São cerca de 40 anos de ciclos!
Há, sem dúvida, uma grande diferença. Como não existiam antibióticos e vacinas, a medicina pouco conhecia sobre as doenças, havia um alto índice de mortalidade entre os recém-nascidos. De cada 10 crianças nascidas, apenas três a cinco conseguiam sobreviver.
Por isso, as mulheres engravidavam em média dez vezes. 10 gestações= 90 meses.
Um ano de amamentação, em média 120 meses. 90 + 120 = 210 meses.
Ou seja, eram 17,5 anos sem menstruar, em um total de 25 anos de ciclos, porque na gravidez e na amamentação não se menstrua.
Já a mulher moderna, nos seus 40 anos de ciclos, engravida, em média, apenas duas vezes, e amamenta durante cerca de seis meses. Resultado: são apenas 2,5 anos (30 anos) sem menstruar, em um total de 400 a 500 ciclos.
A menstruação é aliada ou vilã?
O ciclo menstrual é uma preparação para a gravidez. Todo santos mês o corpo da mulher faz uma tentativa nesse projeto. Anos atrás, o número de mulheres era menor (porque muitas morriam de parto) do que o de homens, ou seja, o assédio dos machos era constante e elas cumpriam o seu papel na reprodução.
As mulheres viviam grávidas e nossa cultura reprimia todo o seu potencial de prazer no sexo.
Hoje as mulheres ganharam, em uma luta histórica, autonomia e liberdade para exercitar o sexo com anticoncepcionais modernos para evitar a gravidez. Ou seja, hoje já muitos ciclos e pouca gravidez. Aí aparecem as doenças do ciclo: cólicas menstruais graves, TPM, endometriose.
Ganha-se aqui, perde-se lá.
Para felicidade e comodidade da mulher, a ginecologia moderna tem instrumentos para ajudá-la com esses problemas.
Para quem não tem problemas com o ciclo, ótimo! Mas para a mulher que sofre com dores, nervosismo, inchaços, perda de controle e está sujeita a infertilidade pela endometriose, o tratamento atual é suspender a menstruação. Por isso, não se assuste se algum ginecologista lhe propuser esse tratamento.
Menstruar ou não menstruar é um assunto que precisa ser esclarecido de forma clara:
1 - Na gravidez e na amamentação a mulher naturalmente não menstrua.
2 - A pílula anticoncepcional funciona como um mecanismo “imitando a gravidez”.
3 - Isso significa que os hormônios das pílulas foram aprimorados e hoje conseguem em “dose baixa” bloquear o que a gravidez só consegue com doses altíssimas de hormônios.
4 - A menstruação é bloqueada pela gravidez porque o que realmente está sendo bloqueado é a “ovulação” (não interessa a natureza liberar um óvulo se a mulher já esta grávida).
5 - Então é simples, vamos pensar juntos. Se menstruar só existe com a prévia ovulação, então não podemos confundir sangramento vaginal com menstruação.
6 - Como o mecanismo de funcionamento da pílula é bloquear a ovulação, fica óbvio que, quando você suspende por sete dias a pílula e sangra, não é menstruação. Ou seja, é um sangramento porque suspendeu a pílula e isso gera uma falsa impressão de menstruação.
7 - Então fica fácil entender. Quem usa anticoncepcional oral (pílula) há 20 anos e sangra a cada 28 dias, não menstrua há 20 anos, sangra um vez por mês, mas não é menstruação porque não ovulou (repito: a pílula, como a gravidez, bloqueia a ovulação).
8 - Então podemos dizer, pelo número altíssimo de mulheres no mundo que usam pílula, que a imensa maioria das mulheres não menstruam.
9 - Os implantes funcionam como pílulas modernas. São colocados sob a pele e liberam hormônio, então funciona como uma pílula sem parar os sete dias e com a diferença de não passar pelo estômago, não passar pelo fígado e não haver problemas do “esquecer de tomar” ou atrasar o horário do uso diário.
* Malcolm Montgomery é ginecologista em São Paulo e foi convidado para escrever neste espaço
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Compaixão, EDUCAÇÃO MÉDICA, João Carlos Simões